"Me diz onde te encontrar, que eu já vou."

18:42

Por Marina Duarte

Amor à distância... esse assunto já virou clichê, né? Mas tenho algo a declarar: eita clichê doloroso.
É complicado passar por isso, aliás, quem passa sabe bem a que estou me referindo. Àquela coisa de querer o dono daquela voz viciante ao seu lado, te dando carinho, atenção e beijos como forma de expressar sentimentos. Porém, querer não é poder. Afinal, tem kms e kms em jogo. Não é como pegar uma bicicleta e atravessar uma cidade só pra dizer: “Vim de bicicleta até aqui, agora quero a recompensa”, é pegar um avião e atravessar o país, ou pelo menos boa parte dele.

Tem vezes que eu me pergunto como eu fui capaz de arriscar algo desse tipo, uma loucura desse tamanho. Porque é uma loucura, não sei nem ao certo quando vou poder vê-lo. Mas aí a resposta me vem rapidamente: “quem foi que disse que pra tá junto, precisa tá perto?” – outro clichê, eu sei, mas o mais verdadeiro de todos. Pode acreditar! Ouvir as palavras, as músicas, as formas carinhosas de se referir a mim, saber das bobeiras que ele faz ou deixa de fazer, a rotina completa... me provam que realmente não existe km algum. E que, sim, ele se encontra comigo. E mais uma resposta? Não obrigatoriamente ele precisa estar ao meu lado, basta me fazer tão bem assim como ele consegue mesmo bem longe.

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