Antes éramos plural, hoje sou apenas eu. Singular. Por isso, sinto diferente. Antes costumava me jogar na imensidão do amar de forma incalculável. Não tinha o medo de cair e me afogar naquele rio que me sustentava, porque tínhamos um ao outro. E você me segurava. Isso me amparava. Éramos sustentados um pelo outro. Pelo amor, que carregávamos.

Hoje, carrego-o sozinha, porque você foi embora e despejou todo aquele (nosso) amor em mim. Sem condições, não consigo levá-lo sozinha. Era tão grande que chega a pesar. E choro... Hoje, ao lembrar da minha bravura, daquela que tinha quando via você ao meu lado, não consigo encontrá-la mais. Assim como você, ela se foi. Tudo se foi.

Menos as lembranças. Elas não morrem. Duram. Permanecem. Até um outro amor aparecer e fazê-la adormecer... Por isso e por tudo, hoje minha escrita é diferente... E os meus sentimentos também!