Tudo de volta, tudo de novo e de novo.

19:45


Por Jessyla Laressa
Bateu uma saudade, bateu forte a saudade me deixando no chão, quase que um murro cruzado que arranca meus olhos. Bateu saudade dos mimos que você me fazia e das brigas; e daqueles melhores momentos que guardo até hoje, as nossas reconciliações. Foi outubro, primavera e se caminhando para o verão, lembra? Eu ainda as guardo como pedras preciosas e não permito que ninguém possa mudá-las de lugar, não deixo ninguém tentar ousar me fazer esquecer essas memórias. 

Mas hoje é outono, o segundo outono desde a despedida, e mais uma vez as folhas caem assim como um dia o amor que você disse sentir por mim caiu, se secou. Hoje, acordei sentindo falta de tudo aquilo que nos tornamos um dia, senti uma falta que não sentia há muito tempo, falta de ter o seu amor e, que há tanto tempo eu não sinto igual. Peço-lhe desculpas por ter sempre lhe amado demais, por sempre ter sufocado com esse meu desespero de você. Você conheceu novas pessoas, eu também. Mas nunca houve alguém com o mesmo tato que o seu, com o mesmo perfume e antipatia. Nunca alguém me teve como você um dia pode ter, assim por inteiro, com lágrimas e sorrisos, ossos e pele, alma e coração. 

Mas eu tentei encontrar alguém melhor que você, ou até mesmo, alguém pior que você, para que eu pudesse sofrer, sofrer por novos motivos e nada adiantou, nada me fez tirar o teu gosto de mim. Nada me fez desvirtuar de você; na verdade eu não fiz esforços suficientes, pois ainda assim tive esperança, mesmo que uma faísca mínima que perto de toda a dor causada e que em mim existe é apenas um ponto no céu, um ponto quase que imperceptível, um ponto assim como sou pra você agora: Imperceptível.

Bateu vontade de saber noticias suas, se come direito ou se ainda tem mania de deixar resíduos nos pratos por se achar gordo o suficiente para não caber na sua calça Ellus; bateu saudade não só de você, mas de mim, do que era e do que eu sei que nem com toda a força do mundo conseguirei fazer voltar, bateu uma saudade fininha que agora toma dimensões que só o meu travesseiro pode explicar, sim, só ele pode explicar os rios de lágrimas que choro todas as noites, só ele pode explicar todos os sussurros e gritos durante a noite em que o chamo. Nocaute. Nocauteado pela vontade de você, saudade de você. Você. Tudo você, nada além do que você agora. É o enredo da minha vida: Seu nome. São as minhas janelas: Seus olhos. É o que me destróis todos os dias: A sua falta. Bateu uma saudade, mas acima de tudo, me veio um necessidade de estar com você e estar envolvido em você; suas pernas nas minhas nas noites frias, suas mãos em meus cabelos até que eu possa engolir o choro por minha mãe mais um vez ter brigado comigo e depois você me olhar docemente dizendo: Ei, ela te ama, só se preocupa como teu bem. Necessidade, saudade. Você. Tudo de volta, ou melhor: Tudo novo, de novo.

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