Por Andy Rodrigues
Não estava aqui esperando o gênio da lâmpada.
Não fez um desejo quando a estrela cadente cortou o céu.
Não cruzou os dedos, nem procurou um trevo de quatro folhas.
Pra ser mais sincera, estava apenas parada ali, de olhos fechados de concentração frágil, retilínea.
A bola de cristal apontava exatamente os mesmos erros.
Não esfregou a lâmpada, porque o gênio não fazia o seu tipo.
Nem ao menos pôs as mãos no bolso quando viu a estrela passar.
Não cruzou os dedos, aquilo era simples demais,
e os trevos de quatro folhas, ah, as quatro folhas do trevo.
Números pares não lhe traziam sorte.
Cansada de apelar para as parafernálias de sempre,
ela fez um desejo ao universo,
a última carta de sua manga.
Era tudo o que tinha para tudo o que mais queria.
No momento o que mais precisava,
era de um pouco de magia.
Sonhar é preciso. Porém, lembrar de manter os pés no chão é essencial.
ResponderExcluir