Confessionário S.O.S

18:37

Por Chay

Uma história que poderia ter acontecido com você ou com milhões de pessoa, mas aconteceu comigo, onde uma simples dor de cabeça me fez visitar uma sala de cirurgia pela primeira vez e não saber se voltaria dali ou não...


Era janeiro, boa parte dos meus amigos estava na minha cidade e saíamos sempre aproveitando cada minuto juntos. Foi quando um dia uma pequena dor de cabeça passou a me incomodar diariamente, tomava remédio, dormia, colocava alguma coisa fria na testa e nada de amenizar. Uma semana depois, sem agüentar mais, fui ao médico da minha cidade no interior, ele passou remédio pra dor de cabeça (como se eu já não tivesse tomado) e vomito (é, eu tinha vomitado algumas vezes também), é claro que não adiantou.

Na madrugada do mesmo dia, acordei com dores realmente INSUPORTÁVEIS, às 5 da manhã estava a caminho de Fortaleza, não conseguia comer NADA que colocava pra fora. Cheguei a UNIMED onde me diagnosticaram com ENXAQUECA, passei o dia inteiro recebendo remédios pela veia e os vômitos continuaram. Naquela noite voltei pra casa sem dor (provavelmente por estar dopada e cansada demais pra perceber algo), mas quando acordei, todo o pesadelo estava de volta, aquela dor não havia passado.

Fui ao hospital São Mateus, não conseguia ficar de pé, o neurologista me mandavaeu caminhar e não conseguia, estava sem equilíbrio. Foi quando perceberam que havia algo errado. Fiz uma tomografia, uma ressonância e fui internada. Na mesma noite vieram conversar comigo, minha mãe, tia e o doutor. Tinha um coagulo no cerebelo (local do equilíbrio no cérebro – por isso a falta do mesmo) e teria que fazer uma cirurgia para retirar. Fiquei preocupada com meu cabelo, mas ele disse que iriam raspar mais em baixo e que não iriam perceber. Tudo bem, só queria que aquela dor passasse.

Dois dias depois, lá estava eu indo em direção a sala de cirurgia, havia orado muito e minha vida estava entregue nas mãos do meu Pai do Céu, poderia haver seqüelas? Sim! Eu poderia não voltar? Sim! Mas eu estava confiante e que tudo se realizasse da maneira como deveria ser. Oito horas depois, a cirurgia havia terminado. (A partir daqui não lembro, foi o que me contaram) Algum tempo depois, acordei gritando de dor, dizendo que minha cabeça ia explodir e chorando compulsivamente, minha família e principalmente minha mãe, entrou em desespero, havia acontecido o que o médico temia.

Tinha ficado com hidrocefalia (água na cabeça, aquela doença que alguns bebês nascem e tem a cabeça bem maior que o restante do corpo) e teria que fazer outra cirurgia para colocarem uma válvula, que chegava até minha barriga. E dessa vez, teria que raspar boa parte do meu cabelo do lado direito. Mais horas se passaram e pronto, estava na UTI para recuperação. Eu não acordava e o médico disse que se eu não abrisse os olhos nas próximas horas, teria que fazer uma terceira cirurgia, porque provavelmente tinha inchaço por dentro.

Mas graças a Deus, no outro dia pela manhã estava acordada (Pronto, a partir daqui eu lembro) sorria e não sabia de nada. Passei mais alguns dias na UTI e depois fui transferida para o quarto, fiquei mais alguns dias, recebi visitas maravilhosas, cartas, lembrancinhas e senti o poder de Deus e das orações intercedendo por mim. Sabe, a história ficou bem grande, mas acredite, nessas palavras não existem um terço do sofrimento que todos passamos, foram dias de agonia e incerteza. Mas eu estou aqui, com meu cabelo de volta, minha saúde, sem NENHUMA seqüela e apenas agradecendo, por ter um Deus tão maravilhoso.
“Entrega teu caminho ao Senhor, confia nEle e o mais Ele fará.”
(Primeira foto com meus amigos depois de quase um mês de recuperação)

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