Bom dia, queridos leitores do F.P.

Sexta-feira santa, semana santa, tudo santo menos você, então para comprovar que também fomos contagiados com toda essa vibe sagrada criamos, ao som de Like a Prayer da Madonna, essa listinha toda trabalhada na benção fashion para que você deixe de pecar pelo menos quando o assunto for moda.

Então, devota, larga o que tiver fazendo, abre o closet e se joga.

Pecado. Quebra de um preceito, falta, culpa.

Hoje o F.P. traz pra você uma lista com os pecados mais mortais da moda, não somente sobre o que você deve ou não vestir, mas englobando tudo que envolve o glamoroso mundo da moda incluindo as posições filosóficas mais delicadas envolvidas.

Aulas, provas, trabalhos... realmente a vida anda corrida pra (quase) todo mundo, tão corrida  que as vezes não sobra tempo pra refletir sobre o que você anda vestindo. Por incrível que pareça, a preguiça certamente é um dos pecados que mais atrapalham quando você quer impressionar com seus looks, pois para conseguir isso é imprescindível que você empregue seu tempo e paciência, seja pesquisando tendências na internet ou andando pelo shopping e observando o que há de melhor nas vitrines.

Entretanto, é raro que uma moça não goste de fazer isso, por isso nosso conselho dentro desse pecado se detém a bater naquela mesma tecla na qual batemos desde o primeiro post: Criatividade.

Nem sempre é fácil tê-la, mas não tenha medo de ousar: experimente, conheça seu corpo, veja o que fica bem, saia do óbvio, afinal, só através dessas experiências você vai conseguir formar sua identidade de estilo e principalmente ficar bem consigo mesma e com o mundo.

Como comentamos no tópico anterior, vestir bem não é uma tarefa fácil, exige tempo, esforço, pesquisa no Fashion Police e... algum dinheiro é claro. Se você quer se vestir em um padrão aceitável, é óbvio que vai ter que investir de vez em quando em umas pecinhas novas, seja pra sair da mesmice ou pra que você se sinta melhor consigo mesmo, porque, sinceramente, não dá pra causar com aquele mesmo modelito várias vezes. Então se dedique, desembolse algum cash de vez em quando, faz bem pro ego e pra pele. Mas calma, por mais que isso pareça contraditório, não estamos querendo transformar você em uma máquina consumista. Não estamos de maneira alguma aconselhando você a gastar cada centavo da mesada e ainda falir seu pai em lojas de roupa, pelo contrário, o objetivo deste tópico é estimular você a fazer investimentos, mesmo que pequenos, estando ciente de que você não precisa gastar rios de dinheiro para sair deslumbrante, isso tem muito mais a ver com o esforço e a criatividade que você emprega do que com a quantidade de dinheiro que você tem na carteira.

A avareza também tem outra face. E esta se dirige às moças que se apegam demais às peças antigas. Todo mundo tem aquela peça que faz anos que não entra mais, mas que você não tira do guarda-roupa de jeito nenhum. Entendemos que rola todo um apego sentimental, mas faça o possível. Junte sua roupas que você não usa mais e doe (ou faça um bazar se você é uma muquirana econômica convicta), é um bonito ato que, olhando pelo lado bom, ainda vai abrir mais espaço no seu closet. Fica a dica ;).

Quem não gosta de sair usando aquela blusa maravilhosa que custou pelo menos três dígitos, né? Na nossa sociedade instalou-se uma cultura de que o que é mais caro é melhor, tanto que muitas vezes pagamos muito mais do que uma peça realmente vale, simplesmente pelo fato de ela carregar um nome, uma marca. Não somos hipócritas para declarar que não amamos Calvin Klein ou Dolce Gabanna ou ainda dizer que as peças das marcas famosas não se comparem em termo de qualidade diretamente falando com as não tão conhecidas assim, mas queremos pregar, como já mencionamos no tópico anterior, que você não precisa pagar os olhos da cara por apenas uma peça para se sentir elegante ou ainda comprar isso e usar aquilo porque é desta ou daquela marca, se você pode se dar a estes luxos, ótimo, mas até futilidade tem limite. Não se ache superior como pessoa só por causa do que você tem e outra pessoa não, pois isso está longe de determinar sua competência enquanto ser humano, como disse Saint Antoine de Exupery: O essencial é invisível aos olhos. Vista o que tem a ver com você e pra isso vale tudo, até pegar os modelitos na internet e pedir pra sua costureira fazer e não somente rótulos e etiquetas.

Quem disse que o F.P. também não é consciência?

Não é preciso ser nenhum gênio para prever o que falaremos aqui. A inveja é um dos pecados mais condenados, pois carrega uma carga muito negativa em sua própria essência. Mas estaríamos sendo falsos se não admitíssemos que todos, em maior ou menor escala, sentimos algum tipo de inveja, se isso não fosse verdade o mercado da moda, bem como o automotivo, tecnológico etc., estariam em sérissimos apuros, afinal tudo no capitalismo é movido pelo desejo daquilo que não temos. A inveja, no entanto, se apresenta em sua pior faceta quando passamos a desejar até o ponto de odiar o objeto de nosso desejo em função dela.

Na moda, essa inveja negra pode aparecer em certas pessoas que desejam roupas por desejar, no mesmo tom em que mencionamos no tópico do Orgulho, simplesmente pela marca ou por que sua amiga usa isso ou aquilo. Reavalie sua prioridades, pense em cultivar sua beleza através de uma pesquisa original, não faça a linha papel carbono, pois o que fica bom em certa pessoa, não necessariamente ficará em você.

Falar de gula em plena semana santa é um suplício, afinal com tanto chocolate por toda parte fica difícil não pecar uma ou duas vezes. Cuidado pra não pecar demais e ficar de mal com a balança. Nosso objetivo aqui não é pregar a já tão criticada Ditadura da Magreza, mas não esqueça que cometer esses excessos pode causar a riscos a sua saúde. Com os avisos do Ministério da saúde devidamente entregues, queremos através desse pecado, levar você a refletir sobre como as peças que você usa funcionam no seu corpo.

Acima ou abaixo do peso? Como é que anda sua relação com o seu corpo? Guerra contra a balança ou de bem com a vida? Independente da resposta, o conselho que o F.P. deixa pra você é pensar seus looks de acordo com seu corpo. Como você deve saber existem truques para disfarçar efeitos indesejáveis no seu corpo desde ao bom e velho ‘Preto emagrece’ até outros mais avançados que podem até te deixar mais alta, com mais bubum... Pois é, descubra o que valoriza suas qualidades e esconde seu defeitos, porque o que é o bonito é pra se mostrar, mas o que é feio... ninguém é obrigado a ver!

Ao contrário da inveja, o pecado da Luxúria, muitas vezes  se insere em um contexto positivo devidamente a nossa sociedade que, queiramos ou não, tornou-se excessivamente sexualizada. Sexy shops, tabus do século passado, hoje podem ser encontrados em cada esquina; os jovens entram em contato com o sexo ou pelo menos a ideia de sexo cada vez mais cedo; as lojas vendem essa mensagem todas os anos... ou seja, chegou-se em um ponto em que a sensualidade pode ser encontrada mesmo em quem nunca teve uma experiência sexual real e o perigo mora aí.

Independente da sua experiência, é necessário pensar no quanto isso vai influenciar sua forma de se vestir, o quanto você quer ser provocante e, se a resposta for positiva, saber utilizar isso ao seu favor e não contra você. Como já dissemos em posts passados, se adeque à sua faixa etária ou pelo menos à sua idade mental, separando a sensualidade da vulgaridade e você será muito mais feliz em suas escolhas de vestuário sem causar mal-entendidos.

O último pecado da nossa lista é mais uma reflexão sobre o que se entende sobre se vestir bem. Quem decide se você está bem ou mal ou vestida? A resposta correta é que alguns setores da sociedade, principalmente as altas cúpulas da moda, estipulam um padrão sobre o que é adequado ou não para se vestir em uma situação X, assim como um dia determinaram que não devemos andar pelados. Ou seja, se vestir bem é um conceito relativo com o qual vai concordar uma boa parte da sociedade, mas nenhuma opinião é absoluta, nem mesmo a dos mais conceituados gurus da moda, é tanto que nem top estilistas, como Calvin Klein e Coco Chanel, conseguiram aprovação total em nenhuma de sua coleções, tudo está sujeito a experiências, referências e preferências individuais e como o mote já prega: “Gosto não se discute”.

O ponto é que você não deve criticar sacando todas os seus leques (Kitana é você?!) e espadas contra alguém que escolheu conscientemente se vestir “mal”, pois como dito antes embora você não concorde com o padrão da criatura (e talvez milhares de pessoas também não) ela tem o direito de se expressar do jeito que melhor lhe aprouver. Seja uma alma caridosa, ofereça ajuda, mas se a pessoa não aceitar, lute pelo direito dela de vestir e se expressar como quiser.
Um beijo pra quem achou que isso não teve nada a ver com Ira. :D

E ainda teve boatos que nós estávamos na pior... Mas agora a gente sai no Google... rysos.

Mais um post concluído, esperamos que tenham gostado.
Gostaríamos de mandar um abraço especial para o @DiihGomees e o @EdsGooD fiéis apoiadores da nossa coluna no twitter e no facebook.

Desejamos um final de semana magia pra todos vocês com muita curtição e santidade (será?).