Enquanto relia meus diários, pude sorrir. 

Escrevia e escrevo para não passar despercebido no futuro, continuar guardadinho quando sentir saudades e recordar entre as palavras, a maneira que você falava, o que você fazia e como a gente ficava bem, ao lado do outro. Sorri, mas também chorei. Ao lembrar da felicidade... da nossa felicidade, antes de tudo acontecer.

Sorri ao me ver tão menininha e perceber que continuo a mesma, do lado de um garotão. Fato esse que nunca me incomodou. Eu sei que as palavras estão meio confusas e perdidas, não espero que você tente decifra-las, nem tão pouco se encaixar nas entre linhas. Eu facilito tudo pra você, da maneira mais direta possível: Não vou, não preciso e não quero te esquecer, simples assim.

Como eu disse algumas vezes, eu sempre seria sua e manterei minha palavra. Se tu quiseres seguir em frente, tentar novos amores e acompanhar novos horizontes, estás livres. Porém, não esqueça meu menino, não esqueça do quanto sua risada era verdadeira comigo, do quanto eu conseguia te fazer feliz. Não esqueça de nenhuma palavra dita, nenhum "eu te amo", nenhuma parte desse capítulo. 

Não deixe tudo para trás, talvez você queria voltar e dessa vez será tarde demais.