Por um amor mais verdadeiro: O próprio.
21:16Por Alyne Soares
Ontem a noite eu decidi desistir de você. Talvez desistir seja uma palavra muito forte e muito feia, e minha mãe me ensinou desde pequena a nunca dizê-la, ou pior, fazê-la. Mas talvez também seja a única solução. Minha teimosia está cansada e desiludida, me sinto confusa e triste. Sua lembrança molha meus olhos e aperta meu coração.
O fato de eu desistir talvez não te atinja de forma nenhuma, porque o meu sentimento, seja ele qual for, nunca te atingiu mesmo. Mas pra mim, muda tudo. Eu nunca desisti de nada na vida, sabe? Isso não significa que eu esteja acostumada a vencer sempre, ou que eu seja uma mimada que não sabe ouvir ‘’não’’. Obvio que eu sei. Eu já perdi tantas vezes, eu já ouvi milhões de nãos e já levei muitos tapas da vida, mas dentro disso tudo, eu estava de pé, de queixo erguido, de orgulho intacto, resistindo. A pior derrota é aquela que você proporciona a si mesmo, e isso eu nunca fiz.
Mas ontem, deitada na minha cama, enquanto a voz da Marisa Monte ecoava no meu quarto e no meu coração, pensei em você e decidi que te alcançar, estar com você, não é impossível, mas seria tão cansativo e eu correria o risco de me destruir por dentro, e não posso me dar ao luxo de machucar tanto meu próprio coração. Eu gosto tanto de você, mas me amo de uma forma imensamente maior, sabe?
Mas ontem, deitada na minha cama, enquanto a voz da Marisa Monte ecoava no meu quarto e no meu coração, pensei em você e decidi que te alcançar, estar com você, não é impossível, mas seria tão cansativo e eu correria o risco de me destruir por dentro, e não posso me dar ao luxo de machucar tanto meu próprio coração. Eu gosto tanto de você, mas me amo de uma forma imensamente maior, sabe?
Pra você, eu deixo a certeza, neste poema, de que eu te quis demais. Que eu tentei, que eu fiz o que eu consegui fazer e o que você permitiu. Pra mim, vai ficar ainda um pouco da imagem do teu sorriso que combina com teus olhos, um pouco do som da tua voz e do teu toque na minha pele. Vou te guardar com carinho aqui na caixinha dos amores impossíveis que não foram possíveis, nas lembranças boas, que fazem meu olho brilhar e meu coração dar três pulos. Chego a conclusão que desistir nesse caso não é covardia, é coragem. Coragem de esquecer tal paixão por um amor maior e que dura a vida inteira: o amor próprio.
No mais, fica bem, a gente se vê.
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